O estudo “Impacto económico e psicossocial do cancro da mama”, da Liga Portuguesa Contra o Cancro, realizou um retrato das mulheres com cancro da mama ou sobreviventes desta patologia, com o objetivo de melhorar as suas condições de vida, já que é uma doença que afeta significativamente o bem-estar físico, a autoperceção da imagem corporal e a vida sexual das doentes.
Através dos resultados do estudo, verificou-se que 56 % das doentes adiaram ou abandonaram os seus projetos de vida, 21 % deixaram o sonho de ser mãe ou de ter mais filhos e 20 % abandonaram o objetivo de escolher um percurso profissional diferente.
Além disso, 43 % das doentes têm dificuldade em dormir quase todos os dias, enquanto 48 % sentem cansaço ou fadiga diariamente. Apesar disso, mais de 53 % sente esperança e confiança no futuro.
Sobre a vida familiar, o estudo determina que esta patologia gerou um nível moderado a alto de stress e ansiedade dos familiares e amigos mais próximos, no entanto, mantendo-se sempre a união e coesão familiar, sem qualquer impacto prejudicial neste fator.
Contudo, os níveis de ansiedade e depressão nas doentes diagnosticadas com esta patologia foi evoluindo, atingindo a necessidade de recorrer a apoio psicológico. Mesmo as doentes que já se encontrar na remissão sentem medo e receio por existir a possibilidade de terem uma recidiva.
Adicionalmente, 30 % das sobreviventes do cancro da mama referem que fizeram alterações à sua vida, como a adoção de um estilo de vida mais saudável ou a aceitação da vida de uma forma diferente, quando souberam que a doença estava controlada. Nesse sentido, mais de 60 % acredita que a redução do horário de trabalho e outras medidas para melhorar a reintegração na vida profissional são necessárias.
Conheça os restantes resultados no site da Liga Portuguesa Contra o Cancro.